segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cinema, Teatro de Rua e Poesia Visual: CinePONTO Debate esquenta noites de sábado


Duas histórias de vida marcadas pelo cinema e ativismo social. Foi isso que o público de São Miguel pode conhecer neste sábado (18), durante o CinePONTO Debate promovido pelo CDHEC no Ponto de Cultura Espaço TEAR. Os cineastas convidados, Maíse Gomes e Buca Dantas, deram seus depoimentos e contaram um pouco sobre o processo de produção dos filmes exibidos nesta noite.

O terceiro convidado, Teotônio Roque, não pode comparecer ao evento por motivos pessoais, no entanto se propôs a voltar à cidade em outra ocasião para conversar com a comunidade sobre os assuntos propostos. O tema desse CinePONTO Debate é “Cinema e a preservação da memória histórica através de documentários realizados no RN” e para ilustrar suas falas, os convidados apresentaram os filmes “Vamos fazer teatro de rua?”, produzido por Maíse, e “Perdição”, de Buca Dantas.

Após a projeção dos filmes, Buca abre a conversa com o público e fala da retomada do Cinema Processo, que é “a constatação de que é possível realizar filmes com características verossímeis aos atores sociais de determinada região/sociedade/povo”. O filme “Perdição” tem a participação da atriz potiguar, Titina Medeiros, e apresenta enredo com pouco diálogo entre os atores e uma estética próxima a poesia visual.

Maíse compartilhou sua experiência de fazer escola de cinema em Havana (Cuba) e de filmar movimentos sociais e trabalhistas. A cineasta destacou a de valorizar os temas locais e se emocionou ao citar o parceiro de trabalho, Lula Barbosa, já falecido. Em sua trajetória profissional, fez parte da TV Memória Popular e TV Comunitária da Cidade da Esperança.

As intervenções do público, trazendo perguntas ou contribuições para o debate, sempre enriquecem a noite. Rodrigo Ribeiro e Fábio dos Santos fizeram colocações importantes, destacando a importância do teatro de rua na redemocratização do país e foram citados alguns episódios da história recente que possuem poucos registros, que pouca gente conhece. “É como se o mundo começasse hoje e não houvesse memória”, afirmou Fábio.

Para Buca, esse cinema novo se deve a vertiginosa evolução dos equipamentos de produção e ao acesso proporcionado pela política do Governo Lula aos Pontos de Cultura até os dias atuais. “Antes do Governo do PT, cineastas, artistas, realizadores não tinham espaço para trabalhar”, declarou.

CinePONTO Debate acontece mensalmente e é realizado pelo Ponto de Cultura TEAR, com apoio da Fundação José Augusto, Secretaria Extraordinária de Cultura, Governo Estadual e Governo Federal. O evento conta ainda com apoio cultural da Pousada dos Ponteiros, Cianet Internet e Prefeitura Municipal de São Miguel do Gostoso.















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