segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Espaço TEAR promove bate-papo entre alunos e jornalista em sala de aula



Os alunos da oficina de jornalismo do Espaço TEAR tiveram uma aula diferente nesse sábado, 26 de outubro, em São Miguel do Gostoso. O jornalista Wagner Lopes veio à cidade conversar e esclarecer dúvidas dos aprendizes com relação à profissão e estimular os novos comunicadores de Gostoso.

Devido à realização do Enem durante esse final de semana, a oficina de jornalismo ocorreu às 20h no Espaço TEAR. Wagner Lopes, jornalista com vasta experiência em jornal impresso diário e jornalismo de rua, atualmente assessor de imprensa do Ministério Público Federal, esteve em São Miguel do Gostoso e falou sobre detalhes da profissão que só a prática revela.

Os alunos aproveitaram a ocasião para fazer perguntas sobre diversos assuntos, entre eles escrita de redações em provas como Enem, a exigência ou não de diploma para jornalistas, editorias jornalísticas em impressos, abordagem de entrevistados, pauta e equipes de trabalho.

Wagner explicou que o jornalismo pode ser feito por qualquer pessoa, em qualquer lugar, pois hoje a comunicação está mais dinâmica e acessível. “O diploma é importante para aquelas pessoas que desejam seguir carreira na profissão. Há veículos que só contratam jornalistas formados”, revelou.

Preservação das fontes, equipes enxutas no jornalismo moderno, blogs e jornalismo na internet, opinião jornalística, a importância de sair para cobrir uma pauta, ou entrevista, preparado para abordar temas especificamente, foram apenas alguns dos assuntos trazidos por Wagner para sala de aula.

Por ter passado por diversas assessorias de imprensa de órgãos públicos, tendo ingressado na grande maioria através de concurso, foi questionado sobre esse segmento do jornalismo e, consequentemente, sua experiência de sucesso em provas nos certamos públicos. As dicas dadas por Lopes estimulou bastante os aprendizes.

A oficina de jornalismo do Espaço TEAR promove nesse final de ano uma série de encontro entre seus alunos e jornalistas experientes da capital. O próximo bate-papo será com o jornalista Yuno Silva e posteriormente com Eliade Pimentel. A experiência tem como objetivo apresentar aspectos práticos e realistas da profissão, através da ótica de quem vive a comunicação social diariamente.

O TEAR é hoje um Ponto de Cultura e recebe financiamento do Governo Federal através do Ministério da Cultura, e do Governo Estadual por meio da Fundação José Augusto e Secretaria Extraordinária de Cultura. O CDHEC, entidade responsável pelo Espaço TEAR, conta com o apoio cultural da Pousada dos Ponteiros e Prefeitura Municipal de São Miguel do Gostoso. O incentivo cultural é da Rádio Gostoso 87,9 FM.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Hoje Meu Boi Não Sai?


A Fábula do Boi Tinhoso ou Hoje o Meu Boi Não Sai, é um texto de Junio Santos e Filippo Rodrigo. Sabemos que o Boi de Reis é uma manifestação repassada pelos Mestres através da oralidade, que é uma característica marcante da Cultura Popular, e que existe não só no Rio Grande do Norte, mas em outros estados, com outras características, porém sempre com a figura do Boi. E foi por isso, que os autores escolheram essa brincadeira como assunto principal na peça, porque é uma manifestação que representa de forma mais geral essa cultura milenar.

O espetáculo traz um problema que é debatido de forma engraçada, em meio a versos e cantigas para reanimar o Boi, que não quer mais dançar devido à invasão da Cultura de Massa, e a exploração da Cultura Erudita. Em meio à agonia de Mateus e Catirina, que são os personagens que representam a Cultura Popular, vão aparecendo as outras Culturas (Massa, Erudita e Crítica) para iniciar o debate sobre as origens e os valores de cada uma.

A peça teatral “hoje meu boi não sai” discute a indústria cultural brasileira e suas variantes, de uma forma engraçada e ao mesmo tempo educativa, tirando a venda das pessoas, fazendo critica a Cultura de Massa que nega valores humanitários, e com seu rolo compressor sufoca a Cultura Popular. Mateus e Catirina resistem bravamente à Cultura de Massa, e derrubam do salto alto a Cultura Erudita que com seu nariz empinado nega as origens.

A peça também traz em destaque uma Cultura Crítica, que se compromete com mudanças e que reforça o conceito de que cultura são educação e cidadania. Esse espetáculo é, portanto, um instrumento de combate à Cultura de Massa, imposta com força pela mídia e os empresários musicais de nosso Brasil, e busca o debate e a reflexão de ideias.

O espetáculo é encenado pelo grupo de teatro Nois Na Rua, formado a partir das oficinas de Teatro de Rua do Espaço TEAR. A trupe já apresentou a peça em São Miguel do Gostoso, João Câmara e outras cidades do Rio Grande do Norte, sempre recebendo muitos aplausos e elogios. As manifestações culturais e suas variantes perpassam nesse enredo tão bem interpretado pelos jovens gostosenses.