terça-feira, 18 de novembro de 2014

O brilho do “Oscar” no apagar das luzes

QUINTO DIA: Apesar de blackout atrapalhar um pouco os planos, Mostra de Cinema tem filme coroado por indicação brasileira no Oscar 2015 como principal atração da noite.

Uma palavra que resume o quinto dia da Mostra de Cinema, nesta segunda (18), é tranquilidade, o único detalhe mais tenso foi o blackout que paralisou por alguns minutos a Mostra Competitiva. O gerador teve que ser ligado para sanar o problema, mas a cidade ficou com uma capacidade baixa de eletricidade que ocasionou em luzes fracas nas residências e ruas no escuro.

Porém, a noite também foi marcada pelo filme brasileiro indicado para a pré-lista do Oscar 2015. “Hoje Eu Não Volto Sozinho” contou a história de um menino cego que se apaixona por outro menino. De maneira bem simples e envolvente trata homossexualismo e deficiência com grandes doses de naturalidade, afinal deveria ser tratada assim mesmo. O público “quebrou o protocolo” e aplaudiu a obra em dois momentos e não apenas no final, como já virou rotina na Mostra.

Pela manhã tivemos a Sessão Infantil, destacando o conhecido curta “Calango” do diretor Alê Camargo, já de tarde o destaque foi a obra potiguar “Sailor” do Victor Ciriaco. Os curtas da noite também foram bons, assim como o outro longa metragem “Ela Volta Na Quinta” que fechou os trabalhos. Uma curiosidade é que este longa foi gravado com a família original e a esposa verdadeira do autor André Novais Oliveira.

O Contador insere você dentro da Mostra de Cinema e já vai se aquecendo porque nesta terça vamos conhecer os vencedores da Mostra!

Até lá!

Fonte: O Contador de Causos. (Ailton Rodrigues - CDHEC / Espaço TEAR)
Foto: Pedro Corso de Albuquerque (CDHEC / Espaço TEAR)

Pra cabra nenhum botar defeito



QUARTO DIA: Mostra de Cinema tem dia marcado por encanto nas obras nordestinas e pela marca conquistada de 50 horas de programação.

A Mostra de Cinema de Gostoso já tinha o que comemorar, mas ganhou um motivo a mais para concluir a festa nesse último domingo (16), isso porque a programação entre debates e sessões bateu a marca de 50 horas.

Além disso os filmes que mais chamaram a atenção do público foram os nordestinos, que já vem recebendo elogios pelo avanço significativo na construção das suas obras. Na Mostra Panorama além de todos os maravilhosos curtas, foi o único longa da tarde, chamado “Tatuagem”, que roubou a cena. O pernambucano Hilton Lacerda retratou a realidade da arte em meados de ditadura militar com direito a polêmica e tudo.

A noite na Mostra Competitiva o público foi imerso em cinco grandes obras de três estados (Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Norte). “Marina Não Vai a Praia” foi singelo ao ter como protagonista uma menina com síndrome de down e o detalhe é que ela chegou a falecer depois da obra finalizada, causando comoção na leitura da dedicatória do curta. Na sequência, o enigmático “Deserto Azul” que tem cenas gravadas no deserto do Atacama no Chile.

Já na segunda sessão da noite tivemos o curta potiguar “O Menino do Dente de Ouro” que retratou o despertar da adolescência em um menino por meios um tanto ilegais. No “Poeira de Prata no Escuro do Quarto” foi revelado que é importante ter um sorriso no rosto.

No fechamento da noite, o ápice com o longa “A História da Eternidade” que já vinha com o detalhe de ter a maior duração desta edição da mostra com 120 minutos, e simplesmente encantou o público fazendo mergulhar no sertão pernambucano carregado de crenças, preconceitos e músicas maravilhosas.

Outro grande detalhe do filme é a qualidade da fotografia que de maneira impar colocou o espectador na realidade nordestina, méritos ao diretor de fotografia Beto Martins. Ele disse em entrevistas anteriores que havia se inspirado nas cores das pinturas de Caravaggio, do século XVI.

A Mostra de Cinema está transformando a rotina das pessoas em São Miguel do Gostoso e o Contador de Causos está junto para contar a você todas essas histórias.

Até a próxima!

Fonte: O Contador de Causos. (Ailton Rodrigues - CDHEC / Espaço TEAR)
Foto: Pedro Corso de Albuquerque (CDHEC / Espaço TEAR)

Haja estômago

TERCEIRO DIA: Mostra de Cinema tem o tão esperado filme de terror “A Noite do Chupacabras”. Na prévia, grandes obras premiadas causaram comoção e alegria.

Parece que a Mostra de Cinema de Gostoso, apesar de todas as novidades, tem “ingredientes” que nunca podem sair da “receita” de sucesso do evento. Mesmo que um desses “ingredientes” venha junto com muito sangue, partes de corpo mutiladas e vômito. Esse é o caso dos filmes do cineasta Rodrigo Aragão, que pelo segundo ano seguido virou marca registrada do evento.

Na noite da sexta-feira (15), o filme mais esperado dessa primeira metade da Mostra foi o longa “Noite do Chupacabras” que desta vez foi colocado na categoria Sessão Especial e continuou sendo exibido na Praia do Maceió. O atraso mais uma vez foi visto, porém não atrapalhou tanto como no segundo dia, desta vez as sessões terminaram as duas da manhã.

O capixaba consegue criar seus filmes sem incentivos fiscais, com uma verba que não passa de 200 mil reais, que é relativamente barato em comparação a tantas outras obras, e sem atores conhecidos nacionalmente. Mas independentemente disso ele consegue arrancar o grito e o sorriso dos espectadores nessa mescla que só ele sabe fazer com o “terror-cômico”.

Porém a noite começou bem antes, a prévia do filme de terror teve várias obras já consagradas pelo país, como o longa “Branco Sai, Preto Fica” que contando a história de três homens, onde dois deles são marcados por um acidente que muda suas vidas e o outro vem do futuro investigar o acontecido, consagrou Adirley Queirós que faturou nada menos que 11 prêmios no Festival de Brasília deste ano, por este filme.

Ao curtas “A Chamada” e “Sophia” se tornaram grandes quando o assunto foi envolver os espectadores com histórias simples e singelas.

O outro longa da noite foi “O Último Cine Drive-In” que emocionou muitas pessoas com a história de um filho tentando conquistar o sonho de levar sua mãe, em estado terminal de câncer, para assistir no drive-in de Brasília, o último do país.

Já percebeu que não dá para piscar nessa Mostra de Cinema, né? Então fique com a gente no Contador de Causos que vamos contar absolutamente tudo para você.

Até a próxima!

Fonte: O Contador de Causos. (Ailton Rodrigues - CDHEC / Espaço TEAR)

sábado, 15 de novembro de 2014

Pensando fora da caixinha

SEGUNDO DIA: Mostra de Cinema é marcada no segundo dia por filmes que fogem do “padrão” na Mostra Competitiva e um polêmico filme de temas fortes na Mostra Panorama.

O segundo dia da Mostra de Cinema de Gostoso, nessa sexta-feira, 15, foi marcado por filmes que o público não é acostumado a ver. São linguagens novas desenvolvidas pelos cineastas das obras que causam até estranhamento em alguns espectadores, por isso a frase “não entendi quase nada” foi frequente, o que não quer dizer que alguns não caíssem no gosto do pessoal.

Começando pela Mostra Panorama, o grande destaque foi o filme “Praia do Futuro” que mostrou a relação de dois homens após um acidente que envolvia um destes. O filme tinha cenas fortes e chamou atenção pela história que envolvia não apenas homossexualismo, mas também o abandono familiar. Emocionou algumas pessoas inclusive.

A noite na Praia do Maceió, o documentário “Dominguinhos” foi uma das belas surpresas da noite. A história do cantor mostrada em forma de música de alto nível e narrada por ele próprio foi de uma delicadeza e de experiências sensoriais.

“História Natural” foi um curta que não tinha palavras, apenas som. “Abraço de Maré” foi mais um curta, a obra potiguar contou a história de uma família ribeirinha que vive em uma casa de taipa as margens do Rio Potengi.

O longa “Rio Cigano” foi uma ficção que contava a história de duas meninas ciganas separadas na infância e prendeu os espectadores na gigantesca tela da praia. Para finalizar o esperado “Sem Pena” do coordenador da Mostra, Eugênio Puppo, mostrou com muita clareza a realidade carcerária do país provocando reflexões em quem assistiu.

O único detalhe negativo foi que o atraso na exibição na praia, influenciou na presença do público na última sessão que acabou se prolongando até a madrugada.

O Contador de Causos estará de olho na Mostra de Cinema e conta tudo para você, até à próxima!

Fonte: O Contador de Causos. (Ailton Rodrigues - CDHEC / Espaço TEAR)
Foto: Pedro Corso de Albuquerque (CDHEC / Espaço TEAR)

Tudo certinho!



PRIMEIRO DIA: Expectativas da estreia da Mostra de Cinema foram superadas e mais uma vez filmes da “casa” fizeram sucesso.

Foi um dia de grandes emoções nesta quinta-feira, 13, afinal foi dado o pontapé para uma maratona de seis dias e 62 filmes da Mostra de Cinema do Gostoso. Como a primeira impressão é a que fica, os organizadores do evento foram então categóricos nesse ponto, o telão foi maior do que no ano passado e o tablado que suporta o público nas areias também cresceu.

Gostoso mais uma vez foi o destaque do estado com direito a link ao vivo para emissoras de TV e grande público, cerca de 1500 pessoas (número estimado) foram as areias da praia do Maceió que é o principal palco da Mostra.

Mais voltando a cerimônia, toda espera de pouco mais de uma hora valeu a pena, os anfitriões eram o cineasta Eugênio Puppo e seu fiel escudeiro Matheus Sundfeld, junto com eles vimos um aperitivo dos filmes selecionados e ainda certificaram os alunos do curso audiovisual que mostrariam os frutos da jornada de estudos naquela noite.

“De fato o que nos move a fazer tudo isso aqui são esses alunos”, disse Puppo ao anunciar os alunos para receberem seus certificados.

A sessão então teve início com os filmes de Gostoso, ambos curtas-metragens, primeiro foi o “Entre Lonas”, uma comédia que contou de forma leve o polêmico assunto do trabalho infantil, tão comum no nordeste, na sequência o documentário “Promessas” que tratava do Marco da Praia dos Marcos, fonte de grande religiosidade que foi deslocado para Natal nos anos 70 causando impactos culturais. Claro que foram ovacionados pelo público presente.

Para fechar a noite o longa-metragem que abriu os trabalhos da Mostra Competitiva. Coube “A Luneta do Tempo”, do estreante cineasta e renomado cantor, Alceu Valença mostrar como se faz um faroeste brasileiro ser amado pela crítica. O filme se passa no nordeste remetendo a história de Lampião e possui uma elogiável trilha musical que apenas define e assina em baixo um forte candidato de ganhar o Prêmio Câmara Cascudo, dado ao mais votado nessa Mostra.

Mais é só o começo, a Mostra de Cinema de Gostoso ainda nos reserva muitas emoções! Hoje, sexta-feira (14), a Mostra tem programação cheia a partir das oito horas com as sessões infantis no Centro de Múltiplo Uso, segue com a Mostra Panorama as 15 horas e por fim a Mostra Competitiva as 19 horas na Praia do Maceió.

Fonte: O Contador de Causos. (Ailton Rodrigues - CDHEC / Espaço TEAR)
Foto: Assessoria de Imprensa da Mostra de Cinema de Gostoso
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